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Polícia do DF faz operação contra empresas suspeitas de lavar R$ 4,5 milhões em dinheiro do tráfico

Agentes apreenderam carros, relógios de luxo e bloquearam 14 contas bancárias. Segundo investigação, companhias, com sede no Setor Bancário Norte, foram abertas apenas para receber valores do crime.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na segunda-feira (24), uma operação contra duas empresas suspeitas de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Segundo as investigações, as companhias receberam R$ 4,5 milhões do crime organizado e tinham ligações com empresas irregulares de outros estados.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Samambaia, Águas Claras e em Planaltina, no DF. A ação também ocorreu nos estados de PernambucoMato GrossoMato Grosso do Sul e Rondônia. Durante a operação, foram apreendidos documentos, relógios de luxo, quatro carros e 14 contas bancárias foram bloqueadas.

Esta foi a segunda fase da Operação Sistema. De acordo com a PCDF, as empresas tinham sede no Setor Bancário Norte (SBN). No entanto, os investigadores afirmam que elas era companhias fantasmas, criadas apenas para receber dinheiro do crime.

Relógio apreendido na segunda fase da Operação Sistema, da Polícia Civil do DF — Foto: Divulgação

Relógio apreendido na segunda fase da Operação Sistema, da Polícia Civil do DF — Foto: Divulgação

Uma das empresas tinha como finalidade a extração de minério e petróleo, já a outra era do ramo de alimentos. Nos endereços onde ficariam as sedes, não havia nada.

“Descobrimos duas empresas fantasmas daqui do DF, que tinham vínculo com organização criminosa de Minas [Gerais], que movimentou R$ 1 bilhão no Brasil todo, do tráfico de drogas. Essas empresas receberam dinheiro da organização e fizeram operações entre elas para enganar”, afirma o delegado Paulo Francisco Pereira.

‘Laranja’

Local com 'condições precárias' encontrado pela Polícia Civil do DF durante operação — Foto: DivulgaçãoLocal com ‘condições precárias’ encontrado pela Polícia Civil do DF durante operação — Foto: Divulgação

Em uma das casas onde os mandados foram cumpridos, os policiais também encontraram um homem vivendo em “condições precárias”. Segundo a corporação, o nome dele foi colocado pelo grupo como sócio de uma das empresas que fazem parte do esquema de lavagem de dinheiro.

Os investigadores afirmam que o homem já havia sido abordado diversas vezes pela polícia por uso de drogas, e sempre dizia que era morador de rua. A suspeita da polícia é que ele tenha sido usado como “laranja” pelo grupo criminoso, para a abertura de empresas.

A primeira fase da operação ocorreu em maio deste ano. À época, a Polícia Civil apreendeu armas, R$ 100 mil em espécie, cocaína e carros de luxo. Ao todo, 20 pessoas foram presas, inclusive uma conselheira tutelar.

Segundo o delegado, nesta nova etapa, as apurações devem ser mais meticulosa. “Como a investigação vai correr com investigados em liberdade, vai ser mais minuciosa, vai durar meses, [com avaliação de] relatórios, análise de documentos. [Os criminosos] podem responder por lavagem de dinheiro”, explica.

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