Agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão em endereços na capital e em Goiás. Segundo investigação, grupo atuou entre 2014 e 2020, e é formado por empresários, advogado e ex-tabelião.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), a terceira fase da Operação Looping, que investiga um grupo criminoso suspeito de falsificar documentos junto a cartórios para transmitir propriedade de fazendas no DF e em Goiás. Apenas um dos terrenos que teve a documentação fraudada está avaliado em R$ 15 milhões.
Os agentes cumpriram dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em Londrina, no Paraná, e em Águas Lindas de Goiás. Os alvos são suspeitos de produzir os documentos usados para a prática dos crimes.
De acordo com as investigações, o grupo agiu entre 2014 e 2020, e era composto por empresários, um advogado e um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil da cidade de Limeira, em Minas Gerais. Ele estava afastado do cargo desde 2015 por cometer irregularidades.
A Polícia Civil afirma que eles falsificaram documentos — entre eles uma certidão da Terracap — e invadiram um terreno no Gama, avaliada em cerca de R$ 15 milhões. A terra foi dada como garantia de um empréstimo.
Investigação
policia conduz um dos presos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF — Foto: TV Globo/ReproduçãoEm janeiro deste ano, a Polícia Civil deflagrou a primeira fase da operação. À época, os agentes cumpriram
Oito mandados de busca e apreensão no DF, em Goiás e na Bahia. Um iate avaliado em R$ 900 mil foi apreendido pelos agentes.
A partir da operação, os investigadores afirmam ter constatado o mesmo tabelião havia participado da produção de outra documentação falsa, usada para transferir uma fazenda localizada em Mimoso, em Goiás, avaliada em aproximadamente R$ 10 milhões.
Além disso, o grupo teria transferido uma outra fazenda, de cerca de R$ 15 milhões, utilizando uma procuração lavrada com documentos falsos de um cartório de Dom Bosco, em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil.
A partir da apuração dessas informações, a corporação deflagrou a segunda fase da operação, em junho deste ano, quando foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Os agentes foram a endereços no Lago Sul, Vicente Pires Águas Claras, Gama, SIG, Guará, além de cidades goianas.