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Policial da Força Nacional que ameaçou esposa permanecerá preso no DF

Ricardo Souza da Silveira, 42 anos, foi preso após ameaçar matar a esposa e os filhos, no Gama, na madrugada de segunda-feira (20/1)

A Justiça manteve, nesta terça-feira (21/1), a prisão do policial militar da Força Nacional que ameaçou a esposa. Ricardo Souza da Silveira, de 42 anos, passou por audiência de custódia um dia após ser preso por suspeita de violência doméstica na Quadra 11 do Gama.

A juíza do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) também manteve as medidas protetivas que haviam sido deferidas em outubro do ano passado, depois que o policial agrediu a companheira.

Sendo assim, Ricardo, quando solto, deverá se afastar da residência que convivia com a vítima, manter distância de pelo menos 300 metros dela e, também, está proibido de ter contato com a mulher por qualquer meio de comunicação.

Em depoimento, a esposa do policial relatou que o companheiro chegou alcoolizado em casa e que apontou uma arma de fogo em direção à cabeça dela. O homem também teria ameaçado os dois filhos.

Segundo ela, o casal está junto há cerca de seis anos. Ela tem um filho de 11 anos, fruto de um relacionamento anterior, e um filho com Ricardo, de 6 anos.

Em outubro do ano passado, a vítima já havia sido agredida pelo companheiro. À época dos fatos, ela teve medidas protetivas de urgência deferidas, mas continuou a conviver com o agressor por ser constantemente ameaçada por ele.

A vítima também contou que a Força Nacional teria tomado conhecimento da primeira agressão do policial. De acordo com a mulher, o companheiro a teria forçado a ir ao batalhão para “fazer uma declaração de que ela estava desequilibrada e que ele seria uma pessoa de comportamento exemplar”.

Saiu e voltou bêbado

Na noite desse domingo (19/1), Ricardo teria saído de casa sem dizer para onde iria. Ela desconfiou que o marido poderia retornar embriagado e se trancou no quarto com os filhos.

Por volta das 2h45, o policial apareceu em casa bêbado e gritando com a vítima. Ele teria arrombado a porta do quarto, puxado a esposa pelas roupas e apontado uma arma para ela: “Eu vou organizar a minha vida e a de você”.

Em seguida, o homem teria puxado ainda a companheira pelos calcanhares, e os filhos precisaram defendê-la. Diante da cena, Ricardo teria ameaçado se matar apontando a arma para a própria cabeça.

A vítima contou que conseguiu sair de casa nua e com os filhos, e pediu socorro para um vizinho, momento em que acionou a Polícia Militar (PMDF).

Deslocada até o endereço da ocorrência, a equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que atendeu a vítima a encontrou sem ferimentos.

O suspeito estava deitado no sofá do imóvel e, com apoio de um gerente de crise, acabou preso e levado para a 20ª Delegacia de Polícia (Gama).

Após os procedimentos preliminares, o militar foi autuado em flagrante por descumprimento de medidas protetivas determinadas pelo Poder Judiciário e conduzido ao Presídio Militar da PMDF.

O agente também responderá a um processo administrativo disciplinar, conforme estabelecido nas normas e regulamentos institucionais, e será desmobilizado da Força Nacional, que continuará acompanhando o caso.

A arma de fogo e as munições do policial também foram apreendidas.

Policial nega as acusações

Em depoimento, o policial da Força Nacional negou as acusações da esposa. Ele afirmou que permaneceu em casa e disse que não estava alcoolizado.

Ainda segundo o suspeito, ele pensou que a companheira tivesse retirado as medidas de proteção de urgência.

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