Bem-vindo – 21/11/2024 20:36

Preços da picanha, frango e cortes suínos caem até 30% em Goiânia; veja valores

A picanha já é encontrada com valor abaixo de R$ 40 e carnes suínas a partir de R$ 15,90 o quilo.

O preço do quilo das carnes bovina, suína e aves reduziu cerca de 30% no primeiro mês do ano em Goiânia.

O preço do quilo das carnes bovina, suína e aves reduziu cerca de 30% no primeiro mês do ano em Goiânia. Procon aponta que se o consumidor pesquisar pode encontrar Acém a R$ 22,90 e Alcatra a R$ 34,89, redução de 30,54% 12,56%, respectivamente, se comparado com o valor cobrado no ano passado.

A picanha, maminha, fraldinha e contrafilé também estão entre as que baratearam. A picanha já é encontrada, em promoções, com valor abaixo de R$ 40.

Os que preferem carne suína vão economizar ainda mais. Só para se ter ideia, o lombo suíno é vendido a R$ 18,99, 9,14% mais barato que em 2022, e o pernil com osso é comercializado a R$ 15,90, preço 11,12% menor.

Segundo Marcelo Penha, analista do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), a redução no preço das carnes ocorre devido à baixa demanda no início do ano, já que gastos das famílias com materiais escolares, IPTU e IPVA consomem o orçamento.

“Janeiro é o mês que leva as pessoas a realizarem vários pagamentos e com isso esfria o comércio de carnes. Estamos falando do grupo que corresponde 75% do consumo e hoje a gente tem um volume muito grande de pessoas de baixa renda e isso impacta diretamente no consumo”.

Além disso, o início do ano também é o momento da chamada virada do ciclo pecuário, ou seja, a uma queda no valor do bezerro e muitos produtores realizam o descarte de alguns animais, o que contribui para a carne mais barata no balcão do açougue.

Marcelo Penha explica que entre os cortes que mais tiveram redução estão o coxão mole, que custa entre R$ 36 e R$ 35 o quilo, valor bem abaixo do praticado no ano passado, quando o consumidor pagava cerca de R$ 40.

Já o presidente do Sindiaçougues, Silvio Yassunaga, ressalta ainda que os cortes Grill (picanha, maminha, fraldinha, contrafilé e alcatra) também estão entre as peças que mais tiveram redução do valor.

A deflação foi causada, segundo ele, devido ao “aumento das perspectivas de vendas, em dezembro, por ocasião dos eventos de final de ano, como a Copa do Mundo e as festas natalinas”.

Impulso do governo

Outro fator que gerou impacto adverso entre a produção e consumo da carne foi durante a pandemia, período em que o consumo brasileiro caiu significativamente.

Em contrapartida, os benefícios que o governo disponibilizou durante a crise da covid-19 conseguiu fortalecer e estabilizar o mercado interno, equilibrando a produção e o consumo principalmente na população de baixa renda.

“Durante a pandemia os valores que o governo disponibilizou foram de suma importância, porque a população de baixa renda é a que tem maior volume de consumo, porém, a que mais sente com a alta dos preços, isso ajudou muito na questão da carne bovina durante o ano de 2020 e 2021”, ressaltou Marcelo.

O analista acrescenta ainda que mesmo com a “promessa” de campanha do presidente Lula (PT) em reduzir o valor da picanha para os brasileiros, até o momento não houve nenhum investimento ou movimento direto de incentivo por parte do governo, a redução do preço “é questão de mercado, produção e consumo”.

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