Simone Ribeiro (União Brasil), usou suas redes sociais para relatar uma situação alarmante: está sendo ameaçada de morte por meio de áudios que circulam em aplicativos de mensagens
A prefeita de Formosa, Simone Ribeiro (União Brasil), usou suas redes sociais para relatar uma situação alarmante: está sendo ameaçada de morte por meio de áudios que circulam em aplicativos de mensagens. A denúncia rapidamente provocou uma onda de reações e está dando início a uma investigação policial.
Simone Ribeiro, que se tornou a primeira mulher eleita para o cargo de prefeita de Formosa, não é estranha a conflitos e desafios em sua nova função — apenas quatro meses após assumir o mandato, ela já se viu forçada a registrar queixas de ameaças e ofensas recebidas nas redes sociais. Desta vez, a origem da ameaça é um descontentamento de um empresário, Edivan Pereira, insatisfeito com a cobrança de taxas pela utilização de áreas públicas, como calçadas e praças, para fins comerciais.
De acordo com a prefeita, essa taxa é uma regulamentação existente desde 2009 e sua atual administração apenas busca garantir o cumprimento da lei.
“Essa cobrança tarifária é estipulada por lei e não foi algo determinado durante a gestão do meu governo”, ressalta. Segundo Simone, a aplicação da taxa foi discutida com os fiscais, e qualquer mudança nessa regulamentação deve ser feita pela Câmara Municipal.
Os áudios que foram compartilhados pelo empresário em questão contêm comentários agressivos e ameaçadores, culminando em uma declaração chocante:
“Ele vai mandar matar essa mulher porque não tem base não.” O tom das mensagens revelam não apenas um descontentamento com a cobrança legislativa, mas também um ambiente de hostilidade que, conforme a prefeita acredita, pode estar ligado a uma percepção de misoginia em um cenário onde uma mulher ocupa uma posição de liderança.
Simone afirma: “Acredito que isso seja uma perseguição política, e mais do que isso, uma perseguição por eu ser mulher e ser a primeira mulher a estar à frente de Formosa.” Essa linha de raciocínio é apoiada pela Associação Goiana de Municípios, que emitiu uma nota de repúdio, destacando que qualquer forma de violência contra agentes públicos, especialmente mulheres em cargos de liderança, é inadmissível.
A defesa de Edivan Pereira, por sua vez, caracteriza as gravações como um material privado que foi extraído de uma conversa informal entre amigos, alegando que seu conteúdo foi “vazado de forma indevida e sem o devido contexto”. Ele afirma que nunca teve a intenção de ameaçar a prefeita ou de denegrir sua imagem pública, e que já prestou esclarecimentos à polícia sobre o ocorrido.
A crescente tensão em Formosa reflete uma preocupação mais vasta com a segurança das mulheres na política e a necessidade de um ambiente de respeito e proteção para os agentes públicos. Além da questão das ameaças diretas, a prefeita ressaltou a importância de respeitar as áreas públicas e garantir que os pedestres possam transitar com segurança.
Um Chamado à Ação
Enquanto a investigação prossegue, o caso traz à tona questões urgentes sobre a violência política, especialmente contra mulheres, que ainda enfrentam um terreno hostil na busca por igualdade em espaços de poder. Simone Ribeiro, com sua experiência única e os desafios que enfrenta, continua a ser uma voz proeminente em um ambiente que precisa urgentemente de diálogo e respeito, reforçando que sua luta é não apenas pela sua segurança, mas pela dignidade e a valorização do espaço que as mulheres ocupam na política.
Assim, o caso da prefeita de Formosa não é somente um relato de ameaças, mas um apelo por um debate mais amplo acerca da segurança e do respeito no cenário político brasileiro.