Um servidor público federal foi preso em flagrante, no sábado (24), após discutir com o cunhado, tentar atirar contra ele e acabar ferindo a própria mãe, no Lago Sul – área nobre no Distrito Federal. A mulher, atingida no braço, foi encaminhada para o Hospital de Base, consciente e estável.
O caso aconteceu em uma casa na QI 28, onde os PMs encontraram nove armas de fogo, uma espingarda de pressão e centenas de munições de vários calibres.
Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza atua como procurador e também é piloto de avião comercial. Segundo o Portal da Transparência do governo federal, ele trabalha na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A Polícia Civil recolheu o armamento, e a casa foi periciada. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
A defesa afirmou que as armas apreendidas na casa eram do pai do servidor público. Ele era um militar e já morreu. Ainda de acordo com a defesa, ninguém na casa tem porte de arma. Ainda de acordo com o advogado, houve um “desentendimento”, e o homem detido agiu “em legítima defesa”. O advogado disse ainda que o cunhado do servidor sabia onde as armas estavam e, ao imaginar que o familiar fosse atirar, Henrique disparou primeiro, atingindo a mãe, “sem querer”.
A PM afirmou que foi chamada para o local do crime após alguém da casa ligar para o 190, informando que uma senhora tinha sido ferida pelo próprio filho e que ele fazia outros parentes reféns.
Um dos policiais militares que atendeu a ocorrência, o aspirante José Paulo Brás Martinez da Silva, afirma que o homem resistiu à abordagem da corporação.
“O indivíduo que realizou o disparo se trancou em um quarto, e a equipe policial iniciou a negociação pra rendição dele. Após 1h30 de negociação, finalmente o indivíduo se entregou por livre e espontânea vontade”, disse.
De acordo com a polícia, havia uma garrafa de whisky no quarto, e o homem além de estar sob efeito de álcool, pode ter tido um surto psicótico. “O indivíduo alega que houve uma discussão familiar entre ele e o cunhado dele. [Disse] que não desejava atingir a mãe, mas que, por um erro na execução, ele acabou atingindo ela”, conta o PM.
Neste domingo (25) houve uma audiência de custódia e a Justiça manteve a prisão preventiva do servidor.