Segundo vítima, ciúmes teria motivado violência. Caso foi denunciado na Delegacia da Mulher, em Ceilândia; Justiça emitiu medida protetiva contra agressor.
O caso ocorreu na quinta-feira (21), mas só foi divulgado nesta quarta (27). De acordo com a vítima, o ciúmes de um vizinho teria motivado a violência. A mulher, que não quer ser identificada contou que só conseguiu sair do apartamento depois de garantir que não denunciaria o homem. No entanto, ao deixar o prédio, ela foi até a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Ceilândia, e registrou um boletim de ocorrência. Ela ficou ferida nos braços e nas pernas. A Justiça do Distrito Federal emitiu uma medida protetiva, que impede que ele volte a se aproximar da ex-companheira.
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No processo, a juíza Nádia Vieira de Melo Ladosky, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, de Taguatinga, alega que “a situação merece intervenção do Judiciário, a fim de que a integridade física e psicológica da requerente sejam protegidas pelo Estado”.“Mostrando-se recomendável o deferimento da medida protetiva de proibição de aproximação com a vítima, bem como a proibição de contato com ela, por qualquer meio de comunicação”, diz a decisão.
Agressões
À polícia, a mulher contou que ia com o ex-companheiro para a academia do condomínio onde ele mora, quando um vizinho a cumprimentou. Ela respondeu ao cumprimento, mas o professor universitário não teria gostado.”Fomos para a academia. Quando ele voltou, já não era mais a mesma pessoa. Fechou a porta: ‘não, eu não gostei que você tenha cumprimentado aquele rapaz, aquele babaca’”, conta a mulher. Segundo a denúncia, o professor entrou no quarto, puxou a mulher, e trancou a porta. Segundo ela, o homem a manteve presa das 9h às 17h30 de quinta-feira (21).
Ciúme excessivo e pedido de casamento
A mulher conta que conhece o homem há cerca de 25 anos, mas que o relacionamento durou dois anos. Eles não moravam juntos, e nem têm filhos em comum. Durante o relacionamento, ela diz que percebeu um ciúme excessivo por parte dele, mas afirma que o homem nunca tinha sido agressivo. Dois dias antes do crime ele a pediu em casamento.“Como é que uma pessoa que te pede pra casar numa terça-feira, na quinta tenta te matar. Como assim? Aonde eu me perdi, né? Que filme de terror é esse que eu entrei?”
A UnB informou que ainda não recebeu nenhum comunicado formal sobre a denúncia e que “cabe aos órgãos competentes tomar as providências necessárias”. A universidade afirma que repudia “todo e qualquer ato de violência contra as mulheres” e que vem se esforçando para promover os direitos humanos e a erradicação da violência.