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Professora que teve “nudes vazados” por alunos em escola é recontratada em Goiás

O documento de readmissão foi assinado na tarde dessa segunda-feira (15). A previsão é que ela inicie o trabalho na nova instituição de ensino na terça-feira (16).

A professora de história Bruna Flor de Macedo Barcelos, que denunciou demissão após ter tido fotos nuas vazadas por estudantes, foi recontratada para trabalhar na rede estadual em Goiânia. Após mais de 5 meses desempregada, a professora comemora, “Sinto-me feliz. A dignidade da pessoa humana precisa ser assegurada”.

O documento de readmissão foi assinado na tarde dessa segunda-feira (15). A previsão é que ela inicie o trabalho na nova instituição de ensino na terça-feira (16). Segundo a professora Bruna, o contrato anterior à demissão passará a valer novamente.

Entenda o caso

Bruna foi demitida em novembro de 2023. Explicou que emprestou o aparelho para que os alunos pudessem tirar fotografias de um evento escolar que, posteriormente, seriam usadas em uma atividade pedagógica. No entanto, eles acessaram pastas particulares e compartilharam as imagens com os demais colegas. A professora denunciou o vazamento das fotos na Polícia Civil.

Bruna Flor de Macedo Barcelos defendeu que o celular foi emprestado porque a escola não tinha aparelhos que fizessem filmagem e que o registro do evento, que fazia parte do Mês da Consciência Negra, era importante.

“Solicitar que estudantes façam o registro de uma atividade é dotá-los de autonomia tem valor imprescindível para um ser humano livre e cidadão”, afirmou.

Em resposta a um ofício em defesa da professora, a escola afirmou que o regimento escolar estipula que os professores não podem emprestar seus celulares de uso pessoal aos alunos. A instituição também destacou que as decisões foram tomadas em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que preconiza a proteção integral das crianças e seus direitos. Além disso, a instituição alegou que orientou a professora a procurar a polícia.

Em nota enviada em março, a Seduc alegou que Bruna foi contratada em regime emergencial para suprir uma demanda da unidade escolar e que o desligamento dela ocorreu devido à convocação de novos professores aprovados no concurso público realizado em 2022, que assumiram, de forma efetiva, em 2023, vagas dos contratos especiais na rede pública estadual de ensino.

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