A ANTT afirmou que o tema está em discussão na Diretoria Colegiada.
Seis meses após a suspensão do aumento, as tarifas do transporte público no Entorno do Distrito Federal podem sofrer um reajuste de 2,91% a partir de 22 de agosto.
Oficialmente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse, por meio de nota, que a continuação ou não da suspensão do reajuste está em avaliação pela Diretoria Colegiada da ANTT. “Assim que houver uma decisão, ela será amplamente divulgada”, ressaltou a agência.
A decisão já teria sido tomada pelo diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio e foi informada, em julho, à Secretaria de Mobilidade (Semob-DF), à Secretaria de Governo de Goiás e à Secretaria do Entorno de Goiás.
Durante participação no Seminário Nacional NTU 2025, promovido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), nessa quarta-feira (13/8), o secretário da Semob-DF, Zeno Gonçalves, alertou sobre os impactos da medida.
“A ANTT vai aumentar as passagens e isso vai significar mais custos para os trabalhadores e mais desemprego, pois o empresário vai dispensar o funcionário que mora no Entorno, por causa dos custos com o transporte”, avaliou.
Veja como podem ficar os novos valores em algumas das cidades do Entorno:
- Águas Lindas (GO)
– Atual: R$ 10,85
– Com reajuste: R$ 11,15 - Luziânia (GO)
– Atual: entre R$ 10,35 e R$ 11,65
– Com reajuste: entre R$ 10,70 e R$ 12,05 (trecho até Taguatinga) - Planaltina (GO)
– Atual: R$ 11,05
– Com reajuste: R$ 11,35 - Valparaíso (GO)
– Atual: entre R$ 4,90 e R$ 8,85
– Com reajuste: entre R$ 5,05 e R$ 9,15
Convênio
Enquanto isso, seguem em andamento as tratativas para a criação do Consórcio Interfederativo da Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal (CIRME).
A proposta é voltada à gestão integrada do transporte semiurbano entre o Distrito Federal e os municípios do Entorno e o projeto conta com estudos técnicos e recomendações elaboradas pelo Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério dos Transportes.
O objetivo é melhorar a qualidade do serviço e tornar as tarifas mais acessíveis, além de estruturar um arranjo institucional capaz de viabilizar planejamento compartilhado, licitações sob governança interfederativa, fiscalização unificada e subsídio tarifário coordenado.