Operação do Ministério Público ocorre após seis meses de investigação. Caso as acusações fiquem comprovadas, ela pode pegar até 12 anos de cadeia.
A Polícia Civil prendeu uma servidora municipal e cumpriu dois mandados de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (19), em Formosa. A mulher, que não teve o nome divulgado, teria desviado pelo menos R$ 100 mil desde 2018.
Ação faz parte da Operação do Oriente, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), após as investigações apontarem que uma servidora, do Terminal Rodoviário de Formosa, ao receber o dinheiro da taxa de embarque ficava com o valor ao invés de realizar a destinação correta.
A taxa de embarque é uma tarifa obrigatória paga pelo passageiro no momento da compra da passagem e é usada pela administração do terminal, seja ela privada ou pública, para realizar melhorias estrutural do local.
A operação é comandada pelo promotor de Justiça Douglas Chegury e iniciou há seis meses. Apesar das ordens judiciais cumpridas nesta terça, a apuração deve continuar.
Caso as acusações se confirmem, os alvos podem ser condenados a até 12 anos de prisão por crime de peculato – que tem como objetivo punir o funcionário público que, em razão do cargo, tem a posse de bem público, e se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de terceiros.
“Expresso do Oriente”
O nome da operação faz referência ao serviço de trem de longa distância que, no seu ápice, ligava Paris a Constantinopla. Desde a sua inauguração em 1883 até hoje, a sua rota foi alterada muitas vezes, seja por logística ou por questões políticas.