Diplomas falsificados incluíam títulos em física quântica, medicina, astrofísica, farmácia, psicologia e até credenciais da ONU
Um homem de 56 anos foi preso em Caldas Novas por se passar por agente da CIA e ostentar uma série de diplomas falsificados, incluindo títulos em física quântica, medicina, astrofísica, farmácia, psicologia e até credenciais da ONU. Identificado como Roberto Cohen – ou Zigmund Cohen, nome que usava ao alegar ter nacionalidade israelense – ele utilizava os documentos para aplicar golpes e vender cursos falsos.
Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito guardava em casa uma grande quantidade de certificados forjados, com emblemas de universidades brasileiras e estrangeiras. Alguns dos documentos simulavam até títulos de PhD. Durante a operação, os agentes encontraram ainda crachás, identidades funcionais e carteiras com símbolos de autarquias federais, embaixadas, agências internacionais, entidades religiosas e outros órgãos.
Entre os itens apreendidos, estavam diplomas com os brasões da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e menções a cursos de contraterrorismo e inteligência internacional. Também foram localizados passaporte diplomático, documentos em português, inglês e hebraico, além de cartões de visita que citavam escritórios em Washington DC e Nova Iorque.
Roberto foi autuado por falsificação de documentos públicos e privados, além do uso indevido de marcas e símbolos da Administração Pública. Ele foi encaminhado ao presídio da cidade.
As investigações continuam sob sigilo para apurar se outras pessoas estão envolvidas e se o suspeito aplicou golpes usando a falsa identidade. A polícia também investiga possível prática de estelionato e exercício ilegal da medicina.
De acordo com as autoridades, o homem se apresentava como especialista em segurança internacional e ciência de ponta, com discursos técnicos e postura de autoridade, o que ajudava a enganar vítimas. A pena para os crimes investigados pode ultrapassar 10 anos de prisão.
A Polícia Civil reforça o alerta para que a população desconfie de indivíduos que se apresentam com títulos impressionantes sem comprovação formal. O uso de símbolos oficiais falsificados é considerado um grave ataque à fé pública.