Homem, de 23 anos, se passava por policial militar, pastor e responsável por ONG que oferecia cursos para crianças e adolescentes, segundo Polícia Civil do DF. Suspeito fugiu para Goiânia antes de ser preso.
Um homem de 23 anos, suspeito de estuprar duas crianças na Estrutural, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, nesta segunda-feira (14), em Goiânia. A polícia do estado vizinho contribuiu com a prisão.
Segundo a 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), que investiga o caso, Francisco Júnior Teixeira Rodrigues se passava por policial militar, pastor e responsável por uma ONG que oferecia cursos para crianças e adolescentes na região da Estrutural.
De acordo com a delegada Bruna Eiras, pelo menos dois meninos foram identificados como vítimas. No entanto, outras crianças e adolescentes podem ter sofrido abusos, diz a policial.
O homem procurava conquistar a confiança dos pais, oferecendo aulas e prometendo ensinar a profissão de guarda-mirim, aponta a investigação. Além disso, segundo a polícia, ele levava as crianças para o culto em uma igreja evangélica para depois oferecer presentes e abusar sexualmente delas.
O suspeito era instrutor de um projeto social que funcionava em escola pública da Estrutural, aos sábados à tarde. No trabalho voluntário ele tinha contato com várias crianças, sendo as vítimas alunas desses projetos, diz a polícia.
Os abusos, segundo a delegada, aconteciam nas casas das vítimas, nos acampamentos que ele promovia e no interior da igreja evangélica da qual ele fazia parte. Nos acampamentos, durante os finais de semana, o homem forçava os meninos a ficarem nus como condição para que eles subissem de patente em sua formação de policial mirim, mostra a investigação.
O autor não possui antecedentes criminais, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal. No entanto, se condenado pode pegar uma pena de até 15 anos de reclusão por vítima.
A delegada Bruna Eiras afirma que os pais cujas crianças tenham participado de tais projetos, podem procurar a 8ªDP para maiores informações ou podem denunciar por meio do telefone 197 para colaborarem com a investigação.