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TJDFT condena líder da quadrilha “Comboio do Cão ” á nove anos, nove meses e 22 dias de prisão em regime inicial fechado.

A princípio o Líder do Comboio do Cão Wiliam Peres Rodrigues a nove anos foi condenado inicialmente á nove anos, nove meses e 22 dias de prisão, em regime inicial fechado.

Três juízes de Varas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, por decisão conjunta no processo que tramitou na Vara Criminal do Riacho Fundo, condenaram Wiliam Peres Rodrigues a nove anos, nove meses e 22 dias de prisão, em regime inicial fechado, por ser o principal integrante da organização criminosa “Comboio do Cão”. O réu não poderá recorrer em liberdade.

Na denúncia oferecida por um grupo de promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, constou que o acusado, conhecido como “Wilinha ou Pai Velho”, seria a liderança mais perigosa do grupo criminoso e teria sido apontado por um colaborador como autor de diversos homicídios ou tentativas contra seus rivais e desafetos. Wiliam foi preso em flagrante por policiais militares, portando arma de uso restrito e identidade falsa, após uma perseguição no Riacho Fundo. A sentença foi proferida em uma das ações penais decorrentes da “Operação Rosário”, que tiveram que ser desmembradas para facilitar a instrução dos processos.

foto : operação Rosário PCDF

Entenda o caso

As investigações realizadas pela “Operação Rosário” apontaram que organização criminosa “Comboio do cão” foi constituída por detentos do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, em associação com delinquentes em atividade de rua, entre os anos de 2007 a 2013, com relação de lealdade e com o objetivo comum de obter lucro com atividades ilícitas e prestígio no submundo do crime.

Restou apurado que as atividades criminosas se concentraram inicialmente nas Regiões Administrativas do Riacho Fundo I e II e expandiram progressivamente para Gama, Santa Maria, Ceilândia e Taguatinga e, atualmente, têm influência em todo o território do Distrito Federal, além de diversos municípios do entorno de Goiás. Apurou-se ainda que o grupo era conhecido por ser extremadamente violento, ter grande poder de fogo e eliminar seus desafetos, testemunhas ou rivais para garantir o controle territorial da atividade criminosa do tráfico de drogas.

foto : pistola utilizada em crimes operação rosário

Operação Rosário 

A Operação Rosário teve início em 8 de março deste ano e é fruto de um trabalho integrado entre a CHPP/PCDF e as Promotorias de Justiça do Riacho Fundo, Recanto das Emas e do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional – Nupri. O objetivo é desarticular uma organização criminosa local com atuação nos crimes de tráfico de entorpecentes, homicídios, roubos, tráfico de armas e rufianismo. Além disso, nos últimos dois anos, o grupo passou a atuar como uma verdadeira facção no seio do sistema penitenciário local.

As duas primeiras fases, desencadeadas nos dias 25 de maio e 20 de julho, visaram à prisão de dois integrantes da liderança da organização. Na primeira ação, F.C.M., vulgo Doidinho, foragido da justiça há 11 anos, foi preso na Cidade Ocidental/GO. Já G.S.B., vulgo Guga, foi preso na cidade de Imperatriz/MA, por policiais civis da CHPP em uma ação que contou com o apoio da Polícia Civil daquele estado.

foto : Operação Rosário

Os mandados judiciais foram expedidos em dois inquéritos policiais instaurados para apurar a extensão das atividades criminosas dessa organização e a prática de atos de lavagem de dinheiro do crime. Nesse contexto, a justiça do DF decretou, ainda, o sequestro de 11 imóveis, 17 veículos e valores existentes em contas de 60 pessoas vinculadas à organização.

Todo o trabalho de investigação só foi possível com a aplicação de uma metodologia de investigação baseada em técnicas de análise de vínculos e medidas cautelares sigilosas que permitiram a elucidação de 45 inquéritos policiais versando sobre delitos de homicídios. Nesses crimes, os integrantes do grupo estavam envolvidos ora como autores, ora como vítimas de uma guerra entre criminosos que disputavam o tráfico de entorpecentes no Distrito Federal.

foto : operação rosário arquivo

As provas permitiram também o desarquivamento ou instauração de 14 inquéritos policiais versando sobre homicídios tentados e consumados cuja autoria não havia sido esclarecida. Durante a operação 46 pessoas foram presas, além de apreender 70 quilos de maconha e quatro armas.

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