Valdemar detalhou que o que existia era um movimento de pressão, com envio de documentos e cercos a aeroportos, motivado pela esperança de que Bolsonaro.
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, admitiu nesta terça-feira (16) que errou ao afirmar, durante um festival, que houve planejamento para um golpe de Estado, mas sem execução do plano. Ele pediu desculpas a integrantes da direita. Em entrevista ao Metrópoles, Valdemar afirmou que se sentiu à vontade durante o evento e acabou não prestando atenção às palavras.
“Eu comecei a falar e me distraí. Errei quando falei aquilo. O que aconteceu não era um planejamento, era um movimento. Um movimento que eu vi. Eu era cobrado nos aeroportos.”, disse.
O dirigente disse ainda que recebeu pessoas e advogados que questionavam como impedir a posse de Lula, mas que nunca tomou conhecimento de qualquer plano concreto. “Quando alguém me falava, eu respondia: ‘Isso já acabou. Nós vamos ter outros embates pela frente e vamos vencer’.”
Valdemar detalhou que o que existia era um movimento de pressão, com envio de documentos e cercos a aeroportos, motivado pela esperança de que Bolsonaro pudesse agir para impedir a posse de Lula. “Então estou dando essa satisfação para dizer que errei. Vou procurar sempre pensar antes de falar. Quero pedir desculpa para o nosso pessoal da direita e dizer que sempre trabalhei por eles. Sou fã e discípulo do Bolsonaro”, completou.
Projeto de anistia
Na entrevista, Valdemar defendeu que seja criada uma anistia, votada pelo Congresso Nacional, que beneficie Bolsonaro e outros condenados pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), informou a líderes partidários que pautará nesta quarta-feira (17) a votação do requerimento de urgência do projeto de anistia, mas ainda não foi definido se o texto incluirá Bolsonaro.