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Valentina, siamesa separada em hospital de Goiânia, é extubada

Após a extubação, foi colocado um catéter de alto fluxo para suporte de oxigênio. Gêmeas estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente.

Heloá (à esquerda) e Valentina (à direita), após a extubação de Valentina, em hospital de Goiânia — Foto: Divulgação/Zacharias Calil

Siamesa separada em Goiânia, Valentina foi extubada na tarde desta segunda-feira (6). Ao g1, a médica Vivian Rabelo explicou que a sedação da menina foi reduzida até que a equipe conseguiu fazer a extubação. Como ela ainda precisa de suporte de oxigênio, foi colocado um catéter de alto fluxo pelo nariz. As gêmeas estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).

Ainda segundo a médica, esse catéter de alto fluxo que foi colocado em Valentina para auxiliar em sua oxigenação é um método não invasivo, diferente da entubação. O estado dela ainda é considerado grave. Já o de Heloá, de acordo com Vivian, é considerado regular. Ela está se alimentando pela boca e tem boa aceitação da dieta.

No sábado, Valentina e Heloá tiveram o primeiro contato desde que passaram pela cirurgia de separação. Na ocasião, Valentina emocionou a equipe ao segurar a mão da irmã. As gêmeas de 3 anos eram unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso e genitálias.

Cirurgia de separação

Valentina e Heloá Prado passaram por cirurgia em 11 de janeiro de 2023. O cirurgião pediátrico Zacharias Calil fez o procedimento, junto com 50 profissionais. As meninas estavam unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso.

“Tivemos que dividir o fígado, o intestino delgado e o intestino grosso. Tivemos que modificar o sistema urinário delas porque elas apresentavam alterações que não tinham sido diagnosticadas. No mais, separamos o osso, a bacia”, explicou Zacharias Calil, na época da operação.Valentina e Heloá são naturais de Guararema, cidade do interior de São Paulo e estão em tratamento em Goiânia há cerca de dois anos. Após o início do acompanhamento médico, os pais das crianças decidiram se mudar para Morrinhos, no interior de Goiás.

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