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Polícia do DF faz operação contra policiais penais suspeitos de beneficiar presos do mensalão na Papuda

Ação é referente a supostas regalias concedidas entre 2014 e 2016. Segundo corporação, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em casas e empresas de servidores.

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu, nesta sexta-feira (27), 13 mandados de busca e apreensão nas casas de policiais penais da capital. Segundo a corporação, há suspeita de que, entre 2014 e 2016, eles tenham recebido propina para conceder regalias a presos do escândalo do mensalão, no Complexo da Papuda (relembre abaixo).

Os investigadores afirmam que os mandados foram cumpridos nas casas e em empresas ligadas aos servidores. De acordo com a Polícia Civil, os detentos “aparentemente foram beneficiados com facilidades e regalias, em troca de vantagens financeiras e políticas dadas aos policiais penais que os beneficiavam”.

RELEMBRE O CASO:

Os mandados foram cumpridos nas regiões do Riacho Fundo, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Paranoá e Águas Claras. Cerca de 80 policias participaram da operação, entre delegados, escrivães e agentes.

A polícia suspeita que os policiais penais tenham comprado terrenos com o dinheiro de propina. “Tem-se que tais imóveis teriam sido adquiridos por meio de pessoas jurídicas constituídas para o rateio das propriedades”, diz a corporação.

A investigação é da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e, segundo a polícia, a apuração ainda está em andamento. A ação desta sexta recebeu o nome de “Accipientis”, termo que significa receptor, em latim. O objetivo é colher mais elementos de provas.

Mensalão

Plenário do Supremo Tribunal Federal durante julgamento do mensalão — Foto: Carlos Humberto/SCO/STF Plenário do Supremo Tribunal Federal durante julgamento do mensalão — Foto: Carlos Humberto/SCO/STF.

O escândalo que ficou conhecido como mensalão, maior do governo do ex-presidente Lula (PT), veio à tona em 2005. A acusação era de que deputados federais vendiam apoio político à gestão petista, em troca de uma mesada.

Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 25 pessoas por participação no esquema. Desses, 20 receberam penas de prisão e parte dos detentos ficou presa na Papuda.

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