O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou, nesta sexta-feira (18), as buscas por Lázaro Barbosa, de 32 anos. Ele é procurado desde o dia 9 de junho, suspeito do assassinato de quatro pessoas da mesma família em uma chácara em Ceilândia, no Distrito Federal. Segundo Mourão, a demora nas buscas, que já duram dez dias, é “normal”.
“A polícia tem tropa especializada. Principalmente a área [em] que ele está lá é área de mata, cerrado. Não é simples você achar uma pessoa. Uma área larga, então você tem que isolar”, disse, em conversa com jornalistas.
“Primeiro o cerco longo que se faz e depois você vai dividindo por quadrante, e vai vasculhando quadrante por quadrante até achar o cara. É igual buscar leão na selva, vai batendo o mato até achar ele. É uma operação demorada”, continuou.
Mais de 200 agentes de forças de segurança do DF, de Goiás e federais atuam nas buscas. Para Mourão, a operação se torna mais difícil porque a procura é por apenas uma pessoa. “Se fosse mais, era mais fácil. O cara mete em cima de árvore, vai para baixo de toco.”
“Não é simples, ainda mais que a área é grande, é uma área que tem muita ravina, essas coisas, então uma operação de vasculhamento é isso aí, você tem que ir apertando, apertando até chegar no ponto que o cara está.”
Buscas
Foto recente de Lázaro Barbosa enviada pela Polícia Civil
Desde o início da fuga de Lázaro, em 9 de junho, ele já invadiu pelo menos 11 propriedades e fez uma série de reféns, no DF e no Entorno. Na noite de quinta-feira (17), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que o suspeito ainda não foi capturado e pode estar ferido.
A caçada teve início depois que Lázaro invadiu a casa de uma família, no Incra 9, em Ceilândia. Lá, ele matou o empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos dele, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15. Os três foram encontrados com marcas de tiros e facadas.
Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos, está desaparecida
A esposa de Cláudio e mãe dos jovens, Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos, foi sequestrada e encontrada morta três dias depois, em um córrego da região.
Nos últimos dias, Lázaro fez uma série de assaltos a chácaras no Entorno do DF. Em um dos crimes, deixou três pessoas baleadas. Na terça-feira (15), um policial que atuava nas buscas foi atingido com um tiro de raspão no rosto.
Crimes em série
Lázaro tem extensa ficha criminal e já era procurado após fugas de presídios. Ele responde por um homicídio qualificado praticado na Bahia e também por dois roubos e estupros.
Policiais recebem orientações para as buscas por Lázaro Barbosa, em Goiás
Segundo os investigadores, o suspeito é considerado perigoso e “autor de crimes bárbaros”. Em 17 de maio deste ano, segundo a Polícia Civil, ele fez uma família refém na mesma região onde o casal e os dois filhos foram assassinados, em Ceilândia, e também ameaçou as vítimas com faca e arma de fogo. Durante o crime, ele mandou as pessoas ficarem nuas.
“Analisando os mandados de prisão dele, obviamente a gente conclui que é uma pessoa extremamente violenta e autor de crimes bárbaros. A brutalidade com que as pessoas foram assassinadas chama atenção”, diz a polícia.
Um laudo psicológico, feito em 2013, aponta que Lázaro é “um psicopata imprevisível”, acostumado a andar e dormir no mato.