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Chacina do DF completa dois anos sem julgamento dos acusados

Ao todo, dez pessoas da mesma família foram mortas

O caso conhecido como chacina do DF, quando dez pessoas da mesma família foram assassinadas, completa dois anos neste mês. Até o momento, os acusados Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira e Carlos Henrique Alves da Silva não foram julgados, apesar de já pronunciados para ir a júri popular.

Fabrício da Silva Canhedo, também acusado de envolvimento no crime brutal, teve o processo desmembrado e este corre à parte. Da mesmaforma, ele também não foi julgado. Os suspeitos seguem detidos em prisão preventiva.

Investigação

A investigação começou com o desaparecimento de Elizamar da Silva. O carro dela foi encontrado em Cristalina, região do entorno, com quatro corpos dentro, em 12 de janeiro de 2023. Antes, em 23 de outubro, os acusados alugaram o cativeiro em Planaltina (DF), onde manteriam as vítimas reféns.

Elizamar foi emboscada com os três filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6, com o marido, Thiago Gabriel Belchior. Segundo a Polícia, ela saiu do salão onde trabalhava, na 307 Norte, naquela noite, após ser atraída para a casa onde moravam os sogros, Marcos Antônio Lopes, 54, e Renata Belchior, 52, também assassinados.

A irmã de Thiago, Gabriela Belchior, 25, também foi vítima, assim como Claudia Regina de Oliveira e Ana Beatriz Marques de Oliveira, integrantes da outra família de Marcos Antônio. A motivação do crime seria uma chácara em que parte das vítimas vivia. O imóvel, em Itapoã, era avaliado em R$ 2 milhões. A execução dos dez assassinatos levou 18 dias.

Segundo a denúncia, quatro réus (Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos, Fabrício Silva Canhedo e Carloman dos Santos Nogueira) são acusados de crimes em que as penas podem passar de 340 anos de prisão para cada. Já o quinto envolvido, Carlos Henrique Ales da Silva, o “Galego”, enfrenta o crime de homicídio de Thiago Gabriel.

Mais informações

Ao todo, dez pessoas da mesma família desapareceram no DF e foram brutalmente assassinadas:

Elizamar da Silva, 39, primeira vítima desaparecida; Thiago Gabriel Belchior, 30, marido de Elizamar; Gabriel da Silva, 7, Rafael da Silva e Rafaela da Silva, irmãos gêmeos, 6, filhos de Elizamar e Thiago; Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, pai de Thiago; Renata Juliene Belchior, 52, esposa de Marcos Antônio; Gabriela Belchior, 25, filha de Marcos Antônio e Renata; Cláudia Regina Marques de Oliveira, também companheira de Marcos Antônio, segundo o delegado do caso, Ricardo Viana; Ana Beatriz Marques de Oliveira, adolescente, filha de Marcos Antônio e Cláudia Regina.

A história macabra se iniciou na noite do dia 12 de janeiro, quando a cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e os três filhos pequenos, sumiram. Logo após, outros membros da família também desapareceram. Dois carros foram encontrados com seis corpos carbonizados.

Durante 11 dias, polícias civis de três regiões do país – DF, Goiás e Minas Gerais – trabalharam em uma megaoperação para investigar o caso. Localizou-se o cativeiro onde as vítimas foram mantidas presas até serem assassinadas. O corpo do avô das crianças foi encontrado decapitado.

Um bilhete foi escrito por um dos acusados para atrair as vítimas para uma emboscada. A polícia também descobriu um caderno com anotações e senhas bancárias das vítimas nos pertences dos réus. A polícia ainda encontrou R$ 54 mil nas contas bancárias dos autores da chacina.

Os cinco suspeitos acusados de cometer as atrocidades estão presos. São eles: Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício da Silva Canhedo, Carlos Henrique Alves da Silva e Carlomam dos Santos Nogueira. Há, ainda, um adolescente que estaria envolvido.

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