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Deputado pede investigação da ação de PMs que interromperam festa

A comemoração teria sido interrompida pelos militares após gritos de “Fora Bolsonaro”, a corporação nega motivação política.

 (crédito: Material cedido ao Correio)(crédito: Material cedido)

Após polêmica envolvendo a interrupção de uma festa de aniversário na região administrativa do Noroeste, o deputado distrital Fábio Felix (PSOL) pediu a apuração de abuso de poder por parte da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

O deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa pediu que a Polícia Militar explique a ação dos agentes que interromperam a festa depois que os convidados entoaram gritos de “Fora Bolsonaro”.

O caso ocorreu na noite de sexta-feira (1°/4) e, segundo os convidados e o dono da festa, a intervenção dos militares teria acontecido somente após as manifestações políticas.

Ao chegar na festa, a polícia teria dito que os participantes estavam cometendo crime de perturbação contra a ordem pública e que o aniversariante seria levado até a delegacia.

Por nota, a PMDF contestou a versão e disse ter recebido, pelo menos, cinco ligações de moradores reclamando da festa. “Os policiais militares foram ao local porque vizinhos estavam incomodados com o barulho da festa de aniversário depois das 22h”, informou a corporação.

Ainda segundo a PMDF, o dono do evento e os convidados teriam tentado impedir o trabalho dos policiais alegando perseguição política. “Os policiais frisaram diversas vezes que esse não foi o motivo da presença deles. Até porque não é crime se manifestar contra os governantes no poder”, diz o comunicado.

Investigação

Fábio Felix pediu que a conduta dos profissionais envolvidos na ocorrência seja investigada com base na Lei 13.869, que dispõe sobre crimes de abuso de autoridade.

Por meio de comunicado enviado ao coronel Márcio Cavalcante Vasconcelos, comandante geral da PMDF, o deputado afirma que os relatos, que chegaram à comissão, informam que os policiais teriam interrompido a festa após serem acionados por vizinhos, que estariam incomodados com os gritos contra o presidente da República.

“Os policiais teriam questionado o anfitrião sobre os gritos contra o presidente e o conduziram à Delegacia de Polícia para assinar termo circunstanciado por crime contra a ordem pública”, diz a nota.

“Não cabe a nenhum policial militar, atuando em nome da corporação, deixar-se levar por convicções pessoais e ideológicas no exercício de sua função que é pública e deve ser isenta. O poder de polícia, por toda responsabilidade que carrega, deve ser controlado com máximo cuidado pela própria corporação, por outros órgãos de controle e pela sociedade em geral”, destaca Fábio Felix.

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