Traficantes, garotas de programa e usuários de drogas frequentam regularmente o complexo comercial do posto de combustível
Investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) revelaram um esquema de tráfico de drogas que contava com a participação fundamental de um segurança patrimonial. Antes de ser preso no âmbito da Operação Iluminado, o suspeito trabalhava no Posto da Torre, conhecido nacionalmente por ter sido o ponto de partida para a Operação Lava Jato, em março de 2014. Não há qualquer participação da administração do posto no esquema de tráfico, e o segurança foi demitido alguns meses antes de a ação ser deflagrada.
Traficantes, garotas de programa e usuários de drogas frequentam regularmente o complexo comercial do estabelecimento formado por bares e lanchonetes. Com a clientela fervilhando no local, os criminosos viam oportunidade de lucrar com o movimento do tráfico. o vigilante Alexandre Oliveira de Almeida, 43 anos, era responsável por fazer a entrega das drogas.
Com a constante presença da Polícia Militar rondando as cercanias do posto, o segurança era uma figura acima de qualquer suspeita. Alexandre era comandado pelo traficante que chefiava o negócio com mão de ferro. Tiago Ribeiro da Silva circulava armado “tomando conta de seus funcionários”. Ele também foi preso na mesma operação que levou o segurança para atrás das grades.
A operação
As investigações da PCDF tiveram como alvo tanto o segurança quanto o chefe do esquema, apontados como responsáveis pelo tráfico de drogas nas proximidades do Posto da Torre e do Setor Hoteleiro Sul. A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em dois endereços: um no Guará e outro em Santa Maria.
Na ação, foram apreendidos anabolizantes, maconha, dinheiro em espécie, balança de precisão, máquina de cartão e invólucros plásticos utilizados para acondicionamento de drogas.
Tiago possui antecedentes criminais por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, estelionato, calúnia, apropriação indébita, vias de fato e descumprimento de ordem judicial. Já Alexandre não tinha antecedentes em seu registro. A pena prevista para o crime é de 5 a 15 anos de prisão, além do pagamento de multa.