A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu parte das investigações relacionadas à rede de apoio dada a Lázaro Barbosa, acusado de matar a família Marques Vidal em 9 de junho, em Ceilândia Norte. O Poder Judiciário já recebeu 13 inquéritos e cinco pessoas foram indiciadas por favorecimento pessoal na fuga do criminoso, entre eles o fazendeiro da cidade, Elmi Caetano, o caseiro da propriedade rural, as duas ex-companheiras de Lázaro e a ex-sogra.
De acordo com o Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, a Polícia Civil avalia solicitar à Justiça o sequestro da propriedade rural de Elmi Caetano. “Nós estamos estudando (essa possibilidade) para que, com a futura venda dessa propriedade, possamos amortizar o gasto feito para a captura dele (Lázaro), visto que, ao escondê-lo lá, ele atrasou em pelo menos uma semana a operação”, informou o titular da SSP-GO. Sobre os gastos da megaoperação, a polícia de Goiás impôs sigilo de 5 anos, alegando que a divulgação dos custos fragiliza a instituição.
Para o delegado Cléber Martins, titular da 17ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Goiás (Águas Lindas), as provas apontam que as cinco pessoas de fato auxiliaram o criminoso. “Eles, de fato, prestaram auxílio para que ele (Lázaro) não fosse capturado pelas forças policiais, tanto prestando informações, dando guarita – inclusive alimentação, levando ele para esconderijos e, sobretudo, iriam propiciar a fuga definitiva dele, que foi impedida pela captura”.
Um dos principais alvos da investigação foi Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, preso no dia 24 de junho em Girassol. Ele ele teria auxiliado Lázaro, dando abrigo e comida, além de proibir a força-tarefa de entrar na propriedade para realizar buscas pelo foragido. O homem também foi autuado em flagrante e indiciado por posse irregular de duas armas de fogo.
Já no caso das ex-companheiras e ex-sogra de Lázaro, as investigações sugerem que as três tiveram contato com o fugitivo durante a perseguição, mas não o denunciaram. Caso condenadas pelo crime de auxílio a suspeito em fuga, elas podem pegar de um a seis meses de prisão e multa. “Ainda está sendo apurada (a participação) de outras pessoas. Nada impede que, surgindo provas, sejam instaurados devidos procedimentos”, reforçou o delegado Cléber Martins.