Bem-vindo – 27/07/2024 00:20
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Grupo de golpistas roubam R$ 11 milhões de idosa

A investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) prendeu um golpista que usava a Justiça para cobrar falsas dívidas, aponta que os crimes eram cometidos por um grupo criminoso que praticava estelionatos em ambiente cibernético. Os envolvidos conseguiram subtrair de uma vítima mais de R$ 11 milhões entre os anos de 2017 a 2020.

Na manhã desta quarta-feira (14/7), a DRCC cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e dois de monitoramento eletrônico, expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Brasília.

Os mandados judiciais são fruto de investigação direcionada a crimes cometidos em ambiente virtual, nos quais o autor se passava por representante de órgãos vinculados ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) e a outros tribunais da Federação.

O grupo, composto por cerca de quatro pessoas, induzia a vítima idosa a realizar transferências bancárias, a título de pagamento de tributos, com a promessa falsa de, posteriormente, receber valores de uma antiga demanda judicial.

A investigação aponta que os valores recebidos da vítima foram utilizados na compra de bens móveis e imóveis, depois de passarem por processo de branqueamento de capital, instrumentalizado por meio de pessoas jurídicas de fachada.

Um dos investigados usava contas de e-mails e outros documentos com aparência oficial para realizar cobranças de dívidas inexistentes com prefeituras de várias unidades da Federação. As vítimas eram induzidas a realizar o pagamento sob ameaça de terem as contas bloqueadas.

“Os mandados de busca e apreensão foram expedidos como decorrência de investigação cibernética para apuração de possíveis crimes de estelionato e falsa identidade”, afirmou a delegada da especializada, Regilene Siqueira Rozal.

Durante as buscas, foram localizados e apreendidos um aparelho celular e cartões bancários vinculados aos alvos, os quais foram conduzidos à delegacia, para serem formalmente ouvidos e para instalação de equipamento de monitoramento eletrônico. A ordem judicial contemplou o sequestro e indisponibilidade de bens dos investigados.

A PCDF contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo.