Crime foi registrado em 28 de março, em Anápolis. Edney Rodrigues fugiu e foi preso no Tocantins
Edney Rodrigues dos Santos, ex-marido da empresária Regiane Pires da Silva, é acusado de retornar ao local do crime duas vezes para confirmar a morte da vítima, segundo denúncia do Ministério Público de Goiás. O crime ocorreu em Anápolis (55 km de Goiânia).
Um vídeo de segurança mostra o momento em que Santos entrou no escritório, agrediu a mulher e, em seguida, efetuou os disparos. As imagens revelam que, em 28 de março, por volta das 13h37, Santos atirou e saiu do escritório. Ele retornou ao local do crime e passou cerca de um minuto observando o corpo e apontando a arma para a mulher já morta.
Segundo o MP, o crime teria sido motivado por ciúmes e disputa por bens. O casal possuía duas lojas de venda de peças de automóveis. Regiane solicitou o divórcio no início do ano, mas Santos tentava reatar o casamento. Com o avanço do processo de separação, ele começou a espalhar rumores de que a mulher o estava traindo para tentar impedir a divisão de bens.
Regiane solicitou uma medida protetiva que determinava que Santos mantivesse uma distância mínima de 300 metros dela. Ele foi denunciado por descumprir a medida protetiva, além de violência doméstica contra a mulher, homicídio por motivo torpe e porte ilegal de arma.
O advogado de Santos argumentou que seu cliente é um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e que, por isso, possuía uma arma de fogo. Quanto ao crime de homicídio, o advogado afirmou que as provas não foram devidamente apresentadas.
No dia do crime, Regiane pediu que uma funcionária fosse até a outra loja, administrada por Santos, para pedir que ele ajudasse a encontrar a chave de um cofre onde guardava suas joias. Segundo a funcionária, Santos autorizou que ela procurasse a chave e disse que iria até o carro buscar algo. Ele então pegou a arma do crime e foi até a loja onde Regiane estava, descumprindo a medida protetiva.
Ao chegar à loja onde Regiane estava, Santos passou por dois funcionários, dirigiu-se ao escritório dela, onde agrediu a mulher e, posteriormente, efetuou três disparos. Os funcionários ouviram os gritos de socorro da vítima, mas, quando chegaram ao local, ela já estava morta.
Segundo o MP, ao sair da loja rumo ao carro, Santos ainda fez um outro disparo em via pública e depois fugiu. Na cidade de Senador Canedo, ele entregou o carro e a arma usada no crime a um sobrinho e fugiu em outro veículo. Ao ser interrogado, o sobrinho alegou que só foi até o local após ser induzido ao erro. Ele não foi denunciado.
Santos fugiu para Tocantins, onde foi preso.