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“Me ajuda, eles querem me matar”, disse jornalista da TV Globo

De acordo com o relato da testemunha ao Correio, Gabriel estava consciente ao chegar no local. Câmeras de segurança registraram o momento em que o jornalista, ensanguentado, correu para pedir socorro.

“Ele chegou correndo, com a mão no peito e no pescoço, gritando socorro. Dizia que ia morrer, que mataram ele.” O relato é do porteiro que socorreu o editor do telejornal DFTV Gabriel Luiz, 28, que foi esfaqueado próximo ao Pão de Açúcar, no Sudoeste. O funcionário pediu à reportagem para ter a identidade preservada. O crime ocorreu na noite desta quinta-feira (14/4), por volta das 23h20, após dois homens desferirem cerca de 10 golpes no jornalista, que correu até o prédio em que mora para pedir socorro.

De acordo com o relato da testemunha, Gabriel estava consciente ao chegar no local. Câmeras de segurança registraram o momento em que o jornalista, ensanguentado, correu para pedir socorro. “Eu não sei o que aconteceu de fato. Só vi a hora que ele (Gabriel) chegou, na portaria, depois que um dos moradores gritou, na hora da agressão. Eu pensei que fosse um morador de rua, mas aí percebi que era o Gabriel”, recorda o porteiro.

O jornalista, que estava perdendo muito sangue, pediu, ainda, que o funcionário ligasse para o pai e passou o número. “Eu pedi pra ele ficar calmo, falei que ia socorrer. Não sabia o que fazer, tinha muito sangue”, diz. Moradores do prédio, que viram o momento do crime, desceram para ajudar o porteiro. “Um deles é socorrista do Samu. Foi quando pressionamos as perfurações, para estancar um pouco do sangue. Enquanto faziam isso, eu liguei para os bombeiros e depois para a polícia. O socorro chegou bem rápido”, explica.

O porteiro chegou a questionar Gabriel se teria sido um assalto. Mas, segundo a testemunha, o jornalista não respondeu. “Ele não conseguia responder, só falava que ia morrer, que queria ajuda”, recorda. O repórter foi levado para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com ferimentos no tórax, nos braços, na mão, nas pernas e no pescoço. “Logo em seguida chegou a polícia e a perícia. Isolaram o local, os peritos ficaram até umas 3 horas da manhã”, conta.

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