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Nota Fria: confira os alvos da operação que apura fraude milionária

Dois escritórios de contabilidade localizados em Taguatinga – que, de acordo com apurações do Metrópoles, tratam-se dos estabelecimentos Miranda Contabilidade e Optimer Contabilidade – foram alvo de buscas no âmbito da Operação Nota Fria, deflagrada na manhã desta terça-feira (6/7). Grandes empresas da capital federal também são investigadas como supostas beneficiárias; entre elas, a Potiguar Caldos e a rede de supermercados Vivendas.

Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot) e a Subsecretaria da Receita da Secretaria de Economia do DF, os escritórios teriam criado mais de 100 empresas fantasmas para sonegar imposto ao Governo do Distrito Federal. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 60 milhões.

Provas apontam que a organização criminosa se dividia em três grupos. O primeiro era o “gestor”, composto pelos dois escritórios de contabilidade. A polícia afirma que eles montaram o esquema de “engenharia criminosa”, com uso de notas frias.

O segundo é o “arregimentador e falsificador”, responsável por aliciar pessoas. Os chamados “testa de ferro” emprestam o nome para criação das empresas fantasmas. O grupo também falsificava documentos.

terceiro grupo é das empresas “beneficiárias”, que se aproveitavam dos créditos decorrentes do ICMS.

“Quem não quiser ter o dissabor de receber uma visita da receita federal e da PCDF retifique enquanto há tempo. Não vamos aceitar sonegadores de impostos”, afirmou o delegado chefe da Dot, Ricardo Gurgel.

Até o momento, oito pessoas foram presas por associação criminosa, falsidade de documentação e lavagem de dinheiro. Segundo Gurgel, as empresas que se beneficiavam do sistema de sonegação são varejistas e atacadistas de diversas regiões do Distrito Federal.